ORADORES

24 OUT.

11h00-11h45

Jaime Melo Baptista

Dá-me um copo de água, por favor?

Jaime Melo Baptista, engenheiro civil especializado em engenharia sanitária, é Investigador-Coordenador do LNEC, Coordenador do Lisbon International Centre for Water (LIS-Water), vogal do CNADS e Presidente do Conselho Estratégico da PPA e foi Comissário de Portugal ao 8.º Fórum Mundial da Água 2018. Integrou o conselho de administração e o conselho estratégico da IWA. Foi presidente da ERSAR (2003-2015), dirigiu o Departamento de Hidráulica (1990-2000) e o Núcleo de Hidráulica Sanitária (1980-1989) do LNEC, foi diretor da revista Ambiente 21 (2001-2003) e consultor. Foi distinguido com o IWA Award for Outstanding Contribution to Water Management and Science.

14h00-14h45

Sebastian Barteleit

Challenges to the Federal Archives and the chances of digitisation

Sebastian Barteleit é responsável, desde 2002, pelas atividades de construção do Bundesarchiv em Berlim. Desde 2006, lidera o departamento de preservação do Bundesarchiv. Em 2015, assume a função de Chefe do recém-fundado Departamento de Tecnologia de Arquivos. É membro do Comité Central para questões de preservação (composto por todos os responsáveis pela preservação do Bundesarchiv e dos arquivos do Estado) do “Archivreferentenkonferenz” Alemão (uma Assembleia de todos os Diretores dos Arquivos Regionais da Alemanha).

É também membro do conselho científico do Kompetenzzentrum Bestandserhaltung für Archive und Bibliotheken em Berlim e Brandenburg e Presidente do Mikrofilmarchiv der Deutschsprachigen Presse e.V. Como Presidente do ISO TC 46 / SC 10 está também envolvido no trabalho de standartização internacional para a preservação e conservação.

14h45-15h30

David Lankes

New Librarianship: How Transformation is Necessary to Sustain Our Communities

As bibliotecas existem de uma forma ou de outra há mais de 4.000 anos. Elas têm resistido durante todo este tempo, não porque não mudaram, mas porque têm modificado constantemente para atender às novas e emergentes necessidades das comunidades que servem. Bibliotecas e os bibliotecários que as constroem e mantêm, adotaram novos serviços, tecnologias e visões do mundo, para cumprir sua missão básica de melhorar a sociedade promovendo a criação de comunidades mais inteligentes. Enquanto que antes as bibliotecas eram para as elites, ou para uma parte restrita da sociedade, hoje elas abrangem a sociedade desde o nascimento até a velhice – da escola ao trabalho.

Esta comunicação assenta na fundação de uma nova biblioteconomia baseada no conhecimento e nas comunidades. Estabelece uma crescente escola global de conhecimento que está a transformar o cerne da biblioteconomia, não como uma rejeição do passado, mas como um processo vital pelo qual toda a profissão passa: servir as comunidades de hoje. Servir comunidades que enfrentam um crescente populismo, discórdia política, migração humana maciça, disparidades salariais, ruptura tecnológica e muito mais. Neste momento, o mundo precisa não apenas de novos serviços, mas de bibliotecários preparados para servir, como defensores, toda a sociedade.

 

David Lankes é Professor e Diretor da Biblioteca da Escola de Ciência e Informação, na Universidade da Carolina do Sul. Lankes sempre se interessou por combinar teoria e prática, no sentido de promover projetos de investigação que verdadeiramente fizessem a diferença. O seu trabalho tem sido financiado por organizações como MacArthur Foundation, The Institute for Library and Museum Services, NASA, The U.S. Department of Education, The U.S. Department of Defense, The National Science Foundation, The U.S. State Department, e The American Library Association (ALA).

Robert Lankes é um defensor apaixonado das bibliotecas e do seu papel na sociedade, o que lhe valeu, em 2016, o Prémio Ken Haycock for Promoting Librarianship da American Library Association.

Tem procurado constantemente entender como as abordagens das tecnologias da informação podem ser usadas para transformar as indústrias, nesse sentido tem servido em conselhos consultivos e equipas de estudo nos campos das bibliotecas, telecomunicações, educação e transporte, nomeadamente, em Academias Nacionais.

Foi convidado de honra na Biblioteca Nacional do Canadá, na Escola de Educação de Harvard, e o primeiro colega a integrar o Gabinete da Política de Tecnologia da Informação da ALA. Em 2012, o seu livro The Atlas of New Librarianship, venceu o prémio ABC-CLIO/Greenwood na categoria Melhor Livro em literatura de bibliotecas.

25 OUT.

09h00-09h45

Jordi Serra Serra

La gestión documental basada en datos: la experiencia del Consorcio de Educación de Barcelona (CEB)

A gestão e exploração intensiva de dados é na atualidade o principal motor de desenvolvimento da nova economia do conhecimento. Mas apesar desta evolução, a gestão documental tem continuado centrada na gestão de objetos físicos (documentos-objeto). No Consórcio de Educação de Barcelona orientamos o desenho do sistema de gestão documental no sentido de uma gestão preferencialmente baseada em dados, contemplando integralmente o circuito, que inclui a aquisição, tratamento, exploração, publicação e eliminação ou guarda como documento histórico. A implementação do sistema de gestão documental implicou um trabalho intensivo sobre os sistemas de informação da organização (consolidados e candidatos) e teve como consequência uma redução substancial de documentos tramitados, especialmente para consumo interno, tendo os documentos-objeto sido substituídos por produtos baseados em dados. Alguns dos efeitos desta nova orientação passam por uma aceleração notável na análise e desenho de soluções de gestão e uma maior capacidade de transformação dos processos da organização. Nesta comunicação apresentaremos os métodos e soluções aplicadas, assim como os efeitos já observados e as aprendizagens adquiridas até ao momento.

 

Jordi Serra Serra é professor e investigador da Faculdade de Biblioteconomia e Documentação da Universidade de Barcelona (UB). Tem mais de vinte anos de experiência como responsável de gestão documental, processos e administração eletrónica em diferentes organismos da Administração Pública, e como assessor em projetos de gestão documental eletrónica e preservação digital no âmbito público e privado. É atualmente Diretor de Sistemas de Informação do Consórcio de Educação de Barcelona. Foi docente em cursos de mestrado e de pós-graduação e publicou numerosos artigos e monografias sobre gestão documental e preservação digital. Foi membro do DLM-Forum on Electronic Records da União Europeia, do InterPARES3 Team, do Comité Técnico AEN/CTN 50 de AENOR e do Digital Records Expert Group (DREG) do Conselho Internacional de Arquivos.

09h45-10h30

Frank Huysmans

Conceptualising and measuring the societal value of public libraries: Where are we now?

Nas últimas décadas, as bibliotecas públicas têm vindo a enfrentar uma pressão crescente por parte dos decisores políticos e da sociedade no sentido de demonstrar o seu contributo para o bem-estar social, cultural, educativo e económico das suas comunidades. Paralelamente, os investigadores da área da Biblioteconomia e da Ciência da Informação começaram a teorizar e operacionalizar noções como “valores”, “benefícios” e “impacto” dos serviços bibliotecários.

Nesta palestra, será apresentada uma ampla visão geral destas tentativas teóricas, metodológicas e empíricas, com exemplos da Holanda e de outros países. A palestra termina com um estado da arte: onde estamos atualmente, e o que ainda precisa ser feito antes de podermos demonstrar claramente de que forma as bibliotecas públicas servem o bem comum?

 

Frank Huysmans (1970) estudou Sociologia e Ciência da Comunicação em Nijmegen (1987-1992), tendo trabalhado como conferencista júnior (1992-1994),  formador (1994-1998) e como professor universitário (1999-2000) no departamento de Ciências da Comunicação da Universidade de Nijmegen.

Em 2001 obteve o seu doutoramento com uma dissertação sobre o uso dos média e partilha de tempo nas famílias. De 2001 a abril de 2010, trabalhou como pesquisador no Departamento de Planeamento Social e Cultural de Haia, nas àreas relacionadas com as atividades de média, cultura e lazer. Desde abril de 2010, trabalha no Instituto da Biblioteca Pública em Haia como gestor de programas de pesquisa e partilha do conhecimento.

Desde 2005, Frank tem sido professor convidado em Biblioteconomia, lecionando em áreas relacionadas com bibliotecas públicas , na Universidade de Amsterdão.

Frank é membro do conselho de editores da Performance Measurement & Metrics e da Communications, do European Journal of Communication Research e membro do conselho editorial da Bibliotheekblad.

26 OUT.

09h00-09h45

Isabel García-Monge Carretero

Conocimiento, protección y difusión del patrimonio bibliográfico desde la experiencia del Catálogo Colectivo del Patrimonio Bibliográfico Español

O projeto de inventário do património bibliográfico espanhol de carácter histórico cruzou-se aquando do seu desenvolvimento com uma mudança na perspetiva, na perceção e nos objetivos da difusão deste mesmo património, que derivam da transformação do acesso à informação e dos numerosos programas de digitalização, nacionais e internacionais.

A abundância de documentação e imagens em linha, de livros antigos e materiais especiais contrasta com a realidade da falta de catalogação e preservação de múltiplos fundos, públicos e privados. Desde esse ponto de vista, analisaremos como estas questões influenciaram a evolução do projeto e o seu desenvolvimento, os problemas, os custos apresentados e os resultados obtidos. Por outro lado, apresentaremos as novas formas de acesso, reutilização, apresentação e difusão dos registos do Catálogo, que estão a ser explorados neste momento.

 

Isabel García-Monge é chefe da Área do Catálogo Colectivo do Património Bibliográfico, da Subdirecção Geral de Coordenação de Bibliotecas – Direção Geral de Belas Artes e Bens Culturais e de Arquivos e Bibliotecas – Ministério da Educação, Cultura e Desporto.

É membro do Conselho de Cooperação de Bibliotecas (CCB), órgão dependente do Ministério da Cultura e que tem como missão a cooperação entre bibliotecas da administração pública. Aqui, Isabel Garcia-Monge Carretero é coordenadora do grupo de trabalho de Catálogo Coletivo do Património Bibliográfico e, juntamente com Domingo Arroyo Fernandéz, coordena o grupo estratégico de Plano Nacional de Digitalização.

Defendeu tese de doutoramento na área da Filologia, na Universidade Complutense de Madrid, subordinada ao tema: “Estudo e Edición crítica del «Tratado del dormir» de Lope de Barrientos” (2001).

09h45-10h30

Luís Raposo

Por uma gestão plural do património cultural

Luís Raposo é arqueólogo, especialista em Pré-História Antiga (Paleolítico). Museu Nacional de Arqueologia: Arqueólogo desde 1980, Director entre 1996 e 2012. Universidade de Lisboa (Faculdade de Letras): Professor convidado, entre 2005 e 1014. Comissão Nacional Portuguesa do ICOM: Presidente da Direcção entre 2009 e 2014. Associação Profissional de Arqueólogos: Presidente da Direcção em 1998-2000, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral em 2000-2010, Presidente do Conselho Fiscal, entre 2010 e 2014. Associação dos Arqueólogos Portugueses: Presidente do Conselho Fiscal desde Março de 2012. Aldeias Históricas de Portugal: Presidente da Mesa da Assembleia-Geral desde 2011. ICOM Europa: membro da direcção desde 2011. Especialista em Pré-História Antiga (Paleolítico). Colaborador na instalação de alguns museus de arqueologia locais e regionais. Co-autor, assessor científico ou comissário executivo de diversas exposições de âmbito nacional e internacional. Responsável por projectos de intervenção arqueológica de campo nos vales dos rios Tejo e Guadiana, na Costa Sudoeste e nos arredores de Lisboa.